domingo, 29 de agosto de 2010

Estação

Essa noite sonhei de novo com você, meu amor. Eu estava a caminho de suas terras, nos trilhos. Me deliciava com o gélido vento que perpassava pelo trem, de braços cruzados na intenção de me esquentar, além dos grossos casacos que havia me sugerido levar. Entretanto, a paisagem não apetecia à minha curiosidade, no instante em que minha imaginação me entretia um tanto mais. Sabe do que falo, do que sempre falo, do que vivo falando: você.

Ao por o primeiro pé na estação, te vi. Nunca te vi tão real, tão bonita. E minha. Você me viu também. Não sabíamos o que fazer em meio a tanto êxtase; a felicidade saltou das minhas pernas, que foram ao seu encontro; não eu, elas. E você, a alegria irradiava dos seus braços, que nos envolveu em um momento que antes nos era tão... utópico. Então acordei.

Então acordei e me lembrei de que um amor assim não existirá até quando aquele momento nos for real.

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