sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Noite

(O céu...)
Sombrio, não se faz indiferente. Faz-se impaciente.
Escuro, não se está imutável. Colore-se.
Longo, não se vê limitado. Supõe-se infinito.
Silencioso, não se ouve sua voz. Fala-se distante.
Ornamentado, não se toca. Destaca-se.

Quebra-se o ruído de sua constância. O negro torna-se azul, marinho como o mar - reflexo de si -, voltando-se para a cor da paixão, em meio ao dourado do toque, e ao azul da esperança de um novo dia.

O céu das cinco da madrugada rompe-se, derrotado, com a fúria do Sol. Adapta-se, então, para a próxima noite de habitualidades.

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