domingo, 29 de junho de 2014

Passado

Sinto algumas dores pelo corpo mas vou fazê-las letras, porque estas são inertes e passadas, assim como a causa a que atravessou uma causa b e logo sou uma consequência do motivo, do momento, do instante, do ínfimo, de bastas. Houve uma vez em que aceitei o corriqueiro e fui fácil, me levei e tive que levantar, de memórias tenho a consciência de seus términos e de seus bons e maus eventos. Ouço gritos, e continuo escutando por minutos, no fim são só zumbidos no ouvido, já se diz. Agora cresço, poc a poc, com o que posso.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Se fosse

Sim, na embriaguez se perde o sentido das sentenças mas as palavras estão tão cravadas em sua conciência que tivesse estado desligada nas últimas horas, te pergunto o por quê de ainda se interessar por tantas bobagens quando a vida é manipulada, simulada, ou regida pela fé. Não existe fé em si ou em Deus ou confiança em si ou em amigos ou traidores. Não há ninguém, não há nada. O dinheiro é papel,  o poder está no papel, de fato há considerações, há polícia na rua, há gente que morre, mas há considerações. Há independência de indiviualidade, de existência e de cabeça. De má nacionalidade pois estamos entre fronteiras. Se fosse Babel, se fosse esperanto, se fôssemos nunca colonizados, mas todos tivêssemos raciocinado, na era das razões, a igualdade entre todos, haveria até timidez? Reflexione e compartilhe, seria lema. Reacione e reclame, reinvente sua cultura, pode ser um lema. Escreva e compartilhe, é o lema.
Não haveria necessidade de artes de revolução, cinema de pena, escritos sobre o exílio, se fosse apenas felicidade, alegria, alienação...

domingo, 1 de junho de 2014

Se me é possível

Como me é possível
criar versinhos e pensá-los como máximas?
Crescer um amor e inventá-lo
às minhas madeixas?
Cortá-las e mudá-las não tão fácil
quanto carimbar o coração com o
selo, extrangeiro, do amor universal.
Amor é terreno, etéreo no pensamento.
Pode um trovão ser declarações do céu?
Pode a chuva desanuviar, enfim?
Podem amantes comunicarem por
telepatia e viverem o sentimento no éter?
Como nos é possível
compreender o que não se vê?
Não se entende, não se é.
Se me é possível amar, não haverá fim
na vida onde meus pés tocam o chão.