domingo, 1 de junho de 2014

Se me é possível

Como me é possível
criar versinhos e pensá-los como máximas?
Crescer um amor e inventá-lo
às minhas madeixas?
Cortá-las e mudá-las não tão fácil
quanto carimbar o coração com o
selo, extrangeiro, do amor universal.
Amor é terreno, etéreo no pensamento.
Pode um trovão ser declarações do céu?
Pode a chuva desanuviar, enfim?
Podem amantes comunicarem por
telepatia e viverem o sentimento no éter?
Como nos é possível
compreender o que não se vê?
Não se entende, não se é.
Se me é possível amar, não haverá fim
na vida onde meus pés tocam o chão.

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