segunda-feira, 15 de junho de 2015

Acolhimento é eletricidade.
Quando me recolhes em teu corpo,
meu beijo é choque e o teu é mar.
A faísca é tinta que me pintas
de brilhante, pigmentos à prova d'água.
O atrito é insólito, duas embarcações
em busca do mundo novo, é maremoto
que nos traz aceleradas à descoberta.

Refúgio é cais.
Qualquer tempestade não me tombará.
Enquanto me proteges com tua brandura,
e me olhas com ternura arrebatada,
não me tornarei sereia de circuitos,
não desmantelarei caminhos de outrem,
não cairei em aquários que não o teu.

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