sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Felicidade instantânea

Felicidade instantânea.

Tamanha sua grandeza
que não poupei sorrisos.
Não coube essa sensação em mim,
e aqui estou.

Orgulho e alegria
me irradiaram.
Mas sentimentos grandes e intensos como este
vão-se rapidamente.

Foi apenas uma felicidade instantânea.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Palavras

Desprovida de palavras.
Sim, cheguei a este ponto.

Indescritível,
é como te percebo.

Não cobre-me o que não consigo,
mesmo se em minha mente
sua beleza está clara.

Entenda... Para chegar ao clarão
encaro um escuro corredor,
que protege o que há de mais bonito e real em minha vida.

Amor III - Meu amor

Meu amor,
vê a grandeza?
Sente este calor,
enxerga a real beleza?

Como um rio,
suas águas de vão;
e nada em vão.
Se foi o vazio.

Roubou meu direito.
Completou-me com sua metade.
E muito bem feito,
fez disso nossa verdade.

Mas foi preciso ser bandido?
Amigo, venha comigo.
Seja meu abrigo.
Não terei um amor vendido.

Não há possível estética
para nossos corações.
Sim há nossa própria ética
que convoca belas ações.

Agora veja,
sinta o ardor.
O auge do amor
é o que almeja.

Compartilhamos de extremos sentimentos,
mas não temos vaidade.
Nestes momentos
persiste a espontaneidade.

domingo, 9 de agosto de 2009

Arrebatadora

E essa paixão repentina
que me arrebatou?
Criam-se dúvidas até em meus sonhos.
Amores inacabados,
ou apenas doces ilusões futuras.

Moça, persista.
Acorde e tente enxergar sua sorte.

sábado, 8 de agosto de 2009

Minha imagem

Estou me desvirtuando.
Ao alcance de minha própria imagem,
estou quase lá!
Onde foi que me perdi?
Minha individualidade,
minha personalidade,
minhas qualidades,
viu-as?
Avise-me, por favor, se encontrá-las!
Não quero que volte a ocorrer.
Não quero indentificar-me na insanidade,
tresloucada.
Em perfeita consciência,
sei que voltarei a sentir-me confortável
e amável.
Até lá,
meu corpo está,
lentamente,
aprendendo a descansar
desta terrível tensão
que condena-me, literalmente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ódio I

Hoje sinto-me em desgaste.
Minha pele está vermelha
ou já roxa.
Minhas mãos incrivelmente inquietas
demonstram minha compulsão.

Mas o que esse ódio
que vem da diversão e
dos costumes alheios,
e do meu amor,
tem que tanto me afeta?

Olhei para a Lua pela terceira vez
procurando minha paz,
minha calma,
e encontrei-a olhando-me torto,
e previ minha queda.

Esta sensação
tão forte
deixou-me descontrolada.
Alterou-se loucamente
em meu usual sentimentalismo.

Hoje sinto-me,
mais uma vez,
afundando.
A Lua visitou-me inteiramente,
e finalmente, condenei-me.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Equilíbrio

É preciso um equilíbrio entre as forças do bem e do mal.
Imagine o oposto.

Entre o desleixo e a vaidade,
o controle e a compulsividade,
a ilusão e a realidade,
a calma e a ansiedade,
a tristeza e a felicidade,
a utilidade e a inutilidade,
tendo ao pior.

Estou persistindo em meu equilíbrio,
mas é uma corda bamba.
Mesmo após tantas quedas,
ao subir desequilibro,
caio,
e afundo.

domingo, 2 de agosto de 2009

Jogos

Ambos por Kylmer, o urso.

Lasciva e minorada,
Uma doce alma sem paz.
Iluminada, eu senti
Zonza, porém, és tu,
Apaixonada pelo imoral.

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Lírica, lenta, calma e só.
Uma intocável alma voraz.
Iluminada nas sombras, carente de dó.
Zombar é de fato o que a satisfaz.
Ao menos enquanto se afasta do fim,
Luiza se banha em um sonho carmim.

Reflexão I - Diferenças

As diferenças dos homens
causou a ira de alguns,
o interesse de outros,
e a minha confusão sobre ambos.

O Sol

Logo cedo,
acordei de meus pesadelos;
agora ofuscados pelo Sol,
mas relembrados em devaneios.

Uma súbita emoção que me alucina,
em segundos da mais pura sanidade.
A alegria, em meio a risos furtados,
desperta-me de um sono pesado.

Levanto-me com lembranças
de noites turbulentas,
mas repiro fundo,
tranquilizada por um calor aconchegante.

Este Sol, durante o dia,
nunca se esconderia de mim.
Sinto-me mais segura,
pois, ao amanhecer, sempre está de volta.

Antes de se pôr,
mesmo durante seu grandioso espetáculo,
é meu maior ouvinte,
e consigo prosseguir a refletir.

A Lua

As noites cegaram-me
e pude apenas me escutar.
Minha testemunha é a Lua,
que tornou a surgir para mim
após esta perseguição.

Admirei-a com o olhar.
Fitei-a e condenei-me.
Estive, durante esta corrida,
a pensar,
a refletir sobre a escuridão.

Desde então,
a Lua, com seu melhor aspecto,
visitou-me pela segunda vez.
Conclusões não ainda feitas,
mas que o Sol está a raiar, está.