Excitante seria ter asas, velozes, para protestar contra o mundano e traiçoeiro. Para correr em direção ao solo, como se as asas fossem pés de um corredor, como se o vento que me confronta fosse o corredor do limite da vida. Fazer como se fosse suicídio. Pretender um choque, mas surpreender a poucos metros do chão, e voar, de novo, para o céu.
Gentil seria ter asas, e voar, planar, como um aviãozinho de papel, de acordo com a brisa, maestra, sobrevoando um planalto - terra plana, terra lisa, terra de quem quer ver o céu sem restrição. E calmamente, olhar para baixo, para àqueles que me olham também. Sentir-se ao mesmo tão grande quanto pequeno. Tão igual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário