Pois é, o tempo passou veloz por mim. Se assim foi, a culpa é minha de não ter prestado atenção no seu vagaroso tiquetaquear. Admito: foi proposital. Afundar mais nas profundezas do espaço me consumiria por completa. Alcançaria a minha alma. Sabe como sou sensível, garota estranha, enxergo as coisas diferente da maioria; não aguentaria mais 24 horas de dor, então decidi reparti-las em meses, até acumular força suficiente para suportar um dia inteiro de pura atenção. Não, ainda não cheguei lá.
Se paro para analisar os minutos, eles me dirão o que estou perdendo. Volto a apressá-los - Que o ano passe depressa, por favor!
Esses momentos em que estive paralisada, foi evidente ao mundo quem verdadeiramente sou. Minha compulsão invadiu todas as minhas rotinas. Nem com um brinquedo de distrações em minhas mãos elas ficaram quietas. Não sei de nada mais... É uma doença? Há um ano venho tratando de 4 formas diferentes, e a principal não se manifestou ainda. Desisto? De fato, a única pessoa que me ajudou a acalmá-las um dia, foi quem as enfureceu mais do que jamais estiveram. Seriam suas mãos sobre as minhas para saciá-las de vez. Apenas as suas. Volte para mim, e me ajude. É o único capaz de curar as minhas feridas.
Não quero esperar outro ano para ver as marcas desaparecerem, a vontade surgir, e o esquecimento também. Em particular, não quero este último. Nada mais parece certo. Ou estou errada, ou é mundo que está contra mim.
Por que, se eu vi que não morreria de amor, estou com pensamentos suicidas agora?
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