Uma luz me veio de raio
como a batida rápida
de um anseio que se abstêm.
Tentei anos a fio desfazer
meu toque de ouro
quanto ao imaginário,
aéreo, ventania, esfumaçante,
adjetivos sem fim à abstração
que seria isolar o passado
e atribuir-lhe mais um milhão
de estrelas e suas músicas longínquas
¿morir en un volcán?
Quiçá que vulcões existam em
outros planetas
e que música eles fazem
ao entrar em processo de catarse,
como a calmaria pode soar depois da brisa do final
de todos os ontens,
do hoje em presença,
nota no ato
de cor
a vibração de qualquer corda e voz.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
¿Qué es el amor si no una amenaza? ¿Se puede amar sin peligro?
(Cariño malo, Inés Margarita Stranger)
Não sei mais fazê-lo bonito
te vejo por tantos lados
não o faço como você gostaria,
não sou mais seu amor, mas te me entreguei
tanto que não sei mais o que fazer ou escrever ou ler ou pronde ir se você
já não me ama mais.
Minha arte já não é mais sua
já não te apeteço mais
minha arte não é mais a sua, sua arte já não é mais a minha
e todo esse tempo que aguardei por você
está
pairando
no tempo no espaço no choro na lágrima
ficou no último sorriso no último amor
está entre
muros paredes grades jaula
passarinho que já não pode mais voar,
não quer mais voar
sem alento sem alvo objetivo.
Não sei ter outros amores,
nunca entendi meu último amor,
além de você.
Não sou artista nem poeta nem sua amante,
então quem sou
sou este espaço em
branco vazio entre este
redemoinho de palavras.
não faz muito sentido tanto escrito sem sentido até a tinta linha acabar.
(Cariño malo, Inés Margarita Stranger)
Não sei mais fazê-lo bonito
te vejo por tantos lados
não o faço como você gostaria,
não sou mais seu amor, mas te me entreguei
tanto que não sei mais o que fazer ou escrever ou ler ou pronde ir se você
já não me ama mais.
Minha arte já não é mais sua
já não te apeteço mais
minha arte não é mais a sua, sua arte já não é mais a minha
e todo esse tempo que aguardei por você
está
pairando
no tempo no espaço no choro na lágrima
ficou no último sorriso no último amor
está entre
muros paredes grades jaula
passarinho que já não pode mais voar,
não quer mais voar
sem alento sem alvo objetivo.
Não sei ter outros amores,
nunca entendi meu último amor,
além de você.
Não sou artista nem poeta nem sua amante,
então quem sou
sou este espaço em
branco vazio entre este
redemoinho de palavras.
não faz muito sentido tanto escrito sem sentido até a tinta linha acabar.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
O som exterior parece vir em de uma caixa de som
dentro da minha cabeça
impulsos são externos, são terremotos,
mas o de dentro não se vê como faz
se sabe se estuda se pre (diz vê).
Mas a luz faz concebível
que por fora de fora
eu também seja eu;
a lâmpada pisca ou são minhas pálpebras?
A lâmpada que está piscando ou são meu olhos?
dentro da minha cabeça
impulsos são externos, são terremotos,
mas o de dentro não se vê como faz
se sabe se estuda se pre (diz vê).
Mas a luz faz concebível
que por fora de fora
eu também seja eu;
a lâmpada pisca ou são minhas pálpebras?
A lâmpada que está piscando ou são meu olhos?
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Gris
ella
oreja blanca
bola blanca
piel blanca
ella se opone a mi negro
zapato negro
mi color es
mezcla de negro y de blanco
pero no soy gris
ella tampoco
pero el gris es lo neutro
de la boca mía y de ella
ello intenso
pero el gris es lo maravilloso
de lo sutil de nuestros mundos
de los ojos
azules casi la mar
de mis lágrimas
mi llanto es castaño
un beso de quien
es la mar de ondas
es por la noche
que estamos en una peli negra
o es por la mañana
en algún sitio entre despertarse y dormir
como si fuera no solo
ficción
ella es mi mar
mi onda que ha venido
en la cual estoy
de su blanco de la espuma
de mi negro de la noche
lo gris somos nosotras
nuestros cuerpos juntos
cuando el mar encuentra
al cielo
y yo
soy negro
ojos cerrados
boca tapada
en la oscuridad
no se ve dentro del útero
se cierran los párpados cuando besamos
soy negro en una caja
los sonidos no tienen colores
soy lo negro de todos los sentidos
y ella es lo azul
la otra lo castaño
y la otra lo gris
y la otra lo verde
y todas nosotras somos mi gris
oreja blanca
bola blanca
piel blanca
ella se opone a mi negro
zapato negro
mi color es
mezcla de negro y de blanco
pero no soy gris
ella tampoco
pero el gris es lo neutro
de la boca mía y de ella
ello intenso
pero el gris es lo maravilloso
de lo sutil de nuestros mundos
de los ojos
azules casi la mar
de mis lágrimas
mi llanto es castaño
un beso de quien
es la mar de ondas
es por la noche
que estamos en una peli negra
o es por la mañana
en algún sitio entre despertarse y dormir
como si fuera no solo
ficción
ella es mi mar
mi onda que ha venido
en la cual estoy
de su blanco de la espuma
de mi negro de la noche
lo gris somos nosotras
nuestros cuerpos juntos
cuando el mar encuentra
al cielo
y yo
soy negro
ojos cerrados
boca tapada
en la oscuridad
no se ve dentro del útero
se cierran los párpados cuando besamos
soy negro en una caja
los sonidos no tienen colores
soy lo negro de todos los sentidos
y ella es lo azul
la otra lo castaño
y la otra lo gris
y la otra lo verde
y todas nosotras somos mi gris
domingo, 2 de novembro de 2014
Eduardo Galeano 2
La noche
2
Arránqueme, Señora, las ropas y las dudas. Desnúdeme, desdúdeme.
3
Yo me duermo a la orilla de una mujer: yo me duermo a la orilla de un abismo.
4
1
No consigo dormir. Tengo una mujer atravesada entre los párpados. Si pudiera, le diría que se vaya; pero tengo una mujer atravesada en la garganta.
No consigo dormir. Tengo una mujer atravesada entre los párpados. Si pudiera, le diría que se vaya; pero tengo una mujer atravesada en la garganta.
2
Arránqueme, Señora, las ropas y las dudas. Desnúdeme, desdúdeme.
3
Yo me duermo a la orilla de una mujer: yo me duermo a la orilla de un abismo.
4
Me desprendo del abrazo, salgo a la calle.
En el cielo, ya clareando, se dibuja, finita, la luna.
La luna tiene dos noches de edad.
Yo, una.
En el cielo, ya clareando, se dibuja, finita, la luna.
La luna tiene dos noches de edad.
Yo, una.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Alejandra Pizarnik
Cielo
mirando el cielo
me digo que es celeste desteñido (témpera
azul puro después de una ducha helada)
las nubes se mueven
pienso en tu rostro y en ti y en tus manos y
en el ruido de tu pluma y en ti
pero tu rostro no aparece en ninguna nube!
yo esperaba verlo adherido a ella como un
trozo de algodón enyodado dentro de la tela adhesiva
sigo caminando
un cocktail mental embaldosa mi frente
no sé si pensar en el cielo o en ti
y si tirara una moneda? (cara tú seca cielo)
no! tu ser no se arriesga y
yo te deseo te de-se-o!
cielo trozo de cosmos cielo murciélago infinito
inmutable como los ojos de mi amor
pensemos en los dos
los dos tú + cielo = mis galopantes sensaciones
biformes bicoloreadas bitremendas bilejanas
lejanas lejanas
lejos
sí amor estás lejos como el mosquito
sí! Ese que persigue a una mosquita junto
al farol amarillosucio que vigila bajo el
cielo negrolimpio esta noche angustiosa
llena de dualismos
mirando el cielo
me digo que es celeste desteñido (témpera
azul puro después de una ducha helada)
las nubes se mueven
pienso en tu rostro y en ti y en tus manos y
en el ruido de tu pluma y en ti
pero tu rostro no aparece en ninguna nube!
yo esperaba verlo adherido a ella como un
trozo de algodón enyodado dentro de la tela adhesiva
sigo caminando
un cocktail mental embaldosa mi frente
no sé si pensar en el cielo o en ti
y si tirara una moneda? (cara tú seca cielo)
no! tu ser no se arriesga y
yo te deseo te de-se-o!
cielo trozo de cosmos cielo murciélago infinito
inmutable como los ojos de mi amor
pensemos en los dos
los dos tú + cielo = mis galopantes sensaciones
biformes bicoloreadas bitremendas bilejanas
lejanas lejanas
lejos
sí amor estás lejos como el mosquito
sí! Ese que persigue a una mosquita junto
al farol amarillosucio que vigila bajo el
cielo negrolimpio esta noche angustiosa
llena de dualismos
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Te permita titubear.
Se deixe discursar como queres,
sem ter de deixar
de pensar em muitas pessoas,
ou pensando em uma só,
em uma identidade,
ou uma entidade.
Imperative o espelho,
o dedo que se aponta,
o dedo que te aponte.
Aproveite a populaçao
em todas suas instâncias,
em todos teus instantes.
Apronte-se, reflete-te,
tente se misturar e fundir:
seja lava de letras,
seja calor que consome,
seja palavras expelidas
que se dilataram interiormente.
Seja sem fim
domingo, 5 de outubro de 2014
Quartinho
Você está em um quartinho no meu coração. Mesmo que não fisicamente, como antes, quando costumava transitar por todos os cômodos, e seus passos deixavam rastros iluminados de todas as cores. Jamais houveram passos negros, ou passos em falso, salvo tropeços, mas o que é uma queda quando se tem alguém ali para lhe dar a mão e lhe erguer de novo. Nesta casa eu não dormia; não havia cansaço do amor ou escapatória da realidade, era música em forma de felicidade, e eu dançava sem me cansar ou deixar de me divertir, "essa música só se dança junto".
Às vezes eu me trancava no meu quarto, confabulando contra as vontades, e você batia à minha porta, me chamava para sair, me convidava para copos e abraços. Deixei tudo como estava e fui até você. Não sei se foi o mais correto deixar estar, mas foi a luz que escolhi receber: sua companhia envolvente que tranquilizou qualquer terremoto ou maremoto possível de fazer desabar meu coração.
Mas agora você está nesse quartinho trancado, o qual ainda tenho as chaves de volta às memórias. Ocasionalmente eu o visito, sem saber o motivo de ter ido parar lá. Mas de que adianta entrar, me sentar no chão, encolher os joelhos, fechar os olhos, e reviver os momentos em que aqui estivemos, por mais lágrimas que caiam, por mais carinhos que nos rodeiem, por mais dores que passemos? No quartinho agora só há eu, e você, que não está mais fisicamente. Você, fisicamente, está por ai, transitando por outro coração, alegre e corriqueira, com seus passos, suas cores e suas canções.
Onde estarei no seu coração?
Às vezes eu me trancava no meu quarto, confabulando contra as vontades, e você batia à minha porta, me chamava para sair, me convidava para copos e abraços. Deixei tudo como estava e fui até você. Não sei se foi o mais correto deixar estar, mas foi a luz que escolhi receber: sua companhia envolvente que tranquilizou qualquer terremoto ou maremoto possível de fazer desabar meu coração.
Mas agora você está nesse quartinho trancado, o qual ainda tenho as chaves de volta às memórias. Ocasionalmente eu o visito, sem saber o motivo de ter ido parar lá. Mas de que adianta entrar, me sentar no chão, encolher os joelhos, fechar os olhos, e reviver os momentos em que aqui estivemos, por mais lágrimas que caiam, por mais carinhos que nos rodeiem, por mais dores que passemos? No quartinho agora só há eu, e você, que não está mais fisicamente. Você, fisicamente, está por ai, transitando por outro coração, alegre e corriqueira, com seus passos, suas cores e suas canções.
Onde estarei no seu coração?
sábado, 4 de outubro de 2014
Jorge Luis Borges
El sur
En el hall de la estación advirtió que faltaban treinta minutos. Recordó bruscamente que en un café de la calle Brasil (a pocos metros de la casa de Yrigoyen) había un enorme gato que se dejaba acariciar por la gente, como una divinidad desdeñosa. Entró. Ahí estaba el gato, dormido. Pidió una taza de café, la endulzó lentamente, la probó (ese placer le había sido vedado en la clínica) y pensó, mientras alisaba el negro pelaje, que aquel contacto era ilusorio y que estaban como separados por un cristal, porque el hombre vive en el tiempo, en la sucesión, y el mágico animal, en la actualidad, en la eternidad del instante.
Do livro: Ficciones.
En el hall de la estación advirtió que faltaban treinta minutos. Recordó bruscamente que en un café de la calle Brasil (a pocos metros de la casa de Yrigoyen) había un enorme gato que se dejaba acariciar por la gente, como una divinidad desdeñosa. Entró. Ahí estaba el gato, dormido. Pidió una taza de café, la endulzó lentamente, la probó (ese placer le había sido vedado en la clínica) y pensó, mientras alisaba el negro pelaje, que aquel contacto era ilusorio y que estaban como separados por un cristal, porque el hombre vive en el tiempo, en la sucesión, y el mágico animal, en la actualidad, en la eternidad del instante.
Do livro: Ficciones.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Eduardo Galeano
El amor
En la selva amazónica, la primera mujer y el primer hombre se miraron con curiosidad. Era raro lo que tenían entre las piernas.
—¿Te han cortado? —preguntó el hombre.
—No —dijo ella—. Siempre he sido así.
Él la examinó de cerca. Se rascó la cabeza. Allí había una llaga abierta. Dijo:
—No comas yuca, ni guanábanas, ni ninguna fruta que se raje al madurar. Yo te curaré. Échate en la hamaca y descansa.
Ella obedeció. Con paciencia tragó los menjunjes de hierbas y se dejó aplicar las pomadas y los ungüentos. Tenía que apretar los dientes para no reírse, cuando él le decía:
—No te preocupes.
El juego le gustaba, aunque ya empezaba a cansarse de vivir en ayunas y tendida en una hamaca. La memoria de las frutas le hacía agua la boca.
Una tarde, el hombre llegó corriendo a través de la floresta. Daba saltos de euforia y gritaba:
—¡Lo encontré! ¡Lo encontré!
Acababa de ver al mono curando a la mona en la copa de un árbol.
—Es así —dijo el hombre, aproximándose a la mujer.
Cuando terminó el largo abrazo, un aroma espeso, de flores y frutas, invadió el aire. De los cuerpos, que yacían juntos, se desprendían vapores y fulgores jamás vistos, y era tanta su hermosura que se morían de vergüenza los soles y los dioses.
Do livro: Memoria del fuego I - Los nacimientos.
En la selva amazónica, la primera mujer y el primer hombre se miraron con curiosidad. Era raro lo que tenían entre las piernas.
—¿Te han cortado? —preguntó el hombre.
—No —dijo ella—. Siempre he sido así.
Él la examinó de cerca. Se rascó la cabeza. Allí había una llaga abierta. Dijo:
—No comas yuca, ni guanábanas, ni ninguna fruta que se raje al madurar. Yo te curaré. Échate en la hamaca y descansa.
Ella obedeció. Con paciencia tragó los menjunjes de hierbas y se dejó aplicar las pomadas y los ungüentos. Tenía que apretar los dientes para no reírse, cuando él le decía:
—No te preocupes.
El juego le gustaba, aunque ya empezaba a cansarse de vivir en ayunas y tendida en una hamaca. La memoria de las frutas le hacía agua la boca.
Una tarde, el hombre llegó corriendo a través de la floresta. Daba saltos de euforia y gritaba:
—¡Lo encontré! ¡Lo encontré!
Acababa de ver al mono curando a la mona en la copa de un árbol.
—Es así —dijo el hombre, aproximándose a la mujer.
Cuando terminó el largo abrazo, un aroma espeso, de flores y frutas, invadió el aire. De los cuerpos, que yacían juntos, se desprendían vapores y fulgores jamás vistos, y era tanta su hermosura que se morían de vergüenza los soles y los dioses.
Do livro: Memoria del fuego I - Los nacimientos.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Aqui anoitece às 18 h
A noite vem bem súbita,
apesar de escurecer às 22 horas.
A ambivalência é:
a saudade já do agora,
a de amanhã.
A saudade da palavra saudade,
a saudade da saudade que eu sentiria,
a saudade que ontem senti,
a saudade da saúde de sentimento:
do amor, da coerência.
Ouço o samba da
dança da solidão,
da caneta que batuca,
do fim da tinta.
apesar de escurecer às 22 horas.
A ambivalência é:
a saudade já do agora,
a de amanhã.
A saudade da palavra saudade,
a saudade da saudade que eu sentiria,
a saudade que ontem senti,
a saudade da saúde de sentimento:
do amor, da coerência.
Ouço o samba da
dança da solidão,
da caneta que batuca,
do fim da tinta.
domingo, 29 de junho de 2014
Passado
Sinto algumas dores pelo corpo mas vou fazê-las letras,
porque estas são inertes e passadas, assim como a causa a que atravessou uma
causa b e logo sou uma consequência do motivo, do momento, do instante, do
ínfimo, de bastas. Houve uma vez em que aceitei o corriqueiro e fui fácil, me levei e tive que levantar, de memórias tenho a consciência de seus términos e de seus bons e maus eventos. Ouço gritos, e continuo escutando por minutos, no fim são só zumbidos no ouvido, já se diz. Agora cresço, poc a poc, com o que posso.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Se fosse
Sim, na embriaguez se perde o sentido das sentenças mas as palavras estão tão cravadas em sua conciência que tivesse estado desligada nas últimas horas, te pergunto o por quê de ainda se interessar por tantas bobagens quando a vida é manipulada, simulada, ou regida pela fé. Não existe fé em si ou em Deus ou confiança em si ou em amigos ou traidores. Não há ninguém, não há nada. O dinheiro é papel, o poder está no papel, de fato há considerações, há polícia na rua, há gente que morre, mas há considerações. Há independência de indiviualidade, de existência e de cabeça. De má nacionalidade pois estamos entre fronteiras. Se fosse Babel, se fosse esperanto, se fôssemos nunca colonizados, mas todos tivêssemos raciocinado, na era das razões, a igualdade entre todos, haveria até timidez? Reflexione e compartilhe, seria lema. Reacione e reclame, reinvente sua cultura, pode ser um lema. Escreva e compartilhe, é o lema.
Não haveria necessidade de artes de revolução, cinema de pena, escritos sobre o exílio, se fosse apenas felicidade, alegria, alienação...
Não haveria necessidade de artes de revolução, cinema de pena, escritos sobre o exílio, se fosse apenas felicidade, alegria, alienação...
domingo, 1 de junho de 2014
Se me é possível
Como me é possível
criar versinhos e pensá-los como máximas?
Crescer um amor e inventá-lo
às minhas madeixas?
Cortá-las e mudá-las não tão fácil
quanto carimbar o coração com o
selo, extrangeiro, do amor universal.
Amor é terreno, etéreo no pensamento.
Pode um trovão ser declarações do céu?
Pode a chuva desanuviar, enfim?
Podem amantes comunicarem por
telepatia e viverem o sentimento no éter?
Como nos é possível
compreender o que não se vê?
Não se entende, não se é.
Se me é possível amar, não haverá fim
na vida onde meus pés tocam o chão.
criar versinhos e pensá-los como máximas?
Crescer um amor e inventá-lo
às minhas madeixas?
Cortá-las e mudá-las não tão fácil
quanto carimbar o coração com o
selo, extrangeiro, do amor universal.
Amor é terreno, etéreo no pensamento.
Pode um trovão ser declarações do céu?
Pode a chuva desanuviar, enfim?
Podem amantes comunicarem por
telepatia e viverem o sentimento no éter?
Como nos é possível
compreender o que não se vê?
Não se entende, não se é.
Se me é possível amar, não haverá fim
na vida onde meus pés tocam o chão.
terça-feira, 13 de maio de 2014
Sendero
Si piensas en el después,
en el final del sendero,
de este trayecto nuestro
tan escondido y verde,
que buscamos vida
para sentirnos enamorados
no solo de la pasión, del mundo, sino
también del amor.
Si lo piensas, si crees en el fin,
que todo se acabará, si hay
otro bosque, otro amor,
otra razón y deseos,
hágalo elocuentemente.
Que tu boca no se separe
de la mía, que no dejes de
respirarme, que no pares de
besarme, mientras todo.
Hágalo intensamente,
durante nuestro camino,
y cuando sea el final,
el final del sendero,
que lo pienses, y
sea lo que sea.
en el final del sendero,
de este trayecto nuestro
tan escondido y verde,
que buscamos vida
para sentirnos enamorados
no solo de la pasión, del mundo, sino
también del amor.
Si lo piensas, si crees en el fin,
que todo se acabará, si hay
otro bosque, otro amor,
otra razón y deseos,
hágalo elocuentemente.
Que tu boca no se separe
de la mía, que no dejes de
respirarme, que no pares de
besarme, mientras todo.
Hágalo intensamente,
durante nuestro camino,
y cuando sea el final,
el final del sendero,
que lo pienses, y
sea lo que sea.
Gustavo Adolfo Bécquer 3
Rima IV
No digáis que, agotado su tesoro,
de asuntos falta, enmudeció la lira;
podrá no haber poetas; pero siempre
habrá poesía.
Mientras las ondas de la luz al beso
palpiten encendidas,
mientras el sol las desgarradas nubes
de fuego y oro vista,
mientras el aire en su regazo lleve
perfumes y armonías,
mientras haya en el mundo primavera,
¡habrá poesía!
Mientras la ciencia a descubrir no alcance
las fuentes de la vida,
y en el mar o en el cielo haya un abismo
que al cálculo resista,
mientras la humanidad siempre avanzando
no sepa a dó camina,
mientras haya un misterio para el hombre,
¡habrá poesía!
Mientras se sienta que se ríe el alma,
sin que los labios rían;
mientras se llore, sin que el llanto acuda
a nublar la pupila;
mientras el corazón y la cabeza
batallando prosigan,
mientras haya esperanzas y recuerdos,
¡habrá poesía!
Mientras haya unos ojos que reflejen
los ojos que los miran,
mientras responda el labio suspirando
al labio que suspira,
mientras sentirse puedan en un beso
dos almas confundidas,
mientras exista una mujer hermosa,
¡habrá poesía!
No digáis que, agotado su tesoro,
de asuntos falta, enmudeció la lira;
podrá no haber poetas; pero siempre
habrá poesía.
Mientras las ondas de la luz al beso
palpiten encendidas,
mientras el sol las desgarradas nubes
de fuego y oro vista,
mientras el aire en su regazo lleve
perfumes y armonías,
mientras haya en el mundo primavera,
¡habrá poesía!
Mientras la ciencia a descubrir no alcance
las fuentes de la vida,
y en el mar o en el cielo haya un abismo
que al cálculo resista,
mientras la humanidad siempre avanzando
no sepa a dó camina,
mientras haya un misterio para el hombre,
¡habrá poesía!
Mientras se sienta que se ríe el alma,
sin que los labios rían;
mientras se llore, sin que el llanto acuda
a nublar la pupila;
mientras el corazón y la cabeza
batallando prosigan,
mientras haya esperanzas y recuerdos,
¡habrá poesía!
Mientras haya unos ojos que reflejen
los ojos que los miran,
mientras responda el labio suspirando
al labio que suspira,
mientras sentirse puedan en un beso
dos almas confundidas,
mientras exista una mujer hermosa,
¡habrá poesía!
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Barco
Eres pasión en forma de barco,
te mueves como olas, seductora,
chica guapa, navegas por el mar
que es el mundo que son los sueños,
y sigues porque tienes ganas de no
apenas vivir sino también navegar,
así que, mientras seas la capitán
de tu navío, vete tirando por ahí,
intentaré ayudarte con las tempestades,
nos quedamos en noches tranquilas,
te invito a ver el cielo reflejado en el mar,
si me permites subir en tu embarcación,
participar de tu viaje.
te mueves como olas, seductora,
chica guapa, navegas por el mar
que es el mundo que son los sueños,
y sigues porque tienes ganas de no
apenas vivir sino también navegar,
así que, mientras seas la capitán
de tu navío, vete tirando por ahí,
intentaré ayudarte con las tempestades,
nos quedamos en noches tranquilas,
te invito a ver el cielo reflejado en el mar,
si me permites subir en tu embarcación,
participar de tu viaje.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Carlos Drummond de Andrade
Não passou
Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão- a tua mão, nossas mãos-
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?
A mão- a tua mão, nossas mãos-
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.
As sem-razões do amor
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Presentes
O presente nos é dado de presente,
então,
se imagine em um presépio onde você concebeu a si mesma
e neste presépio você é a única pessoa que
preza pela sua própria presença,
porque
você é sua própria presa,
presidiária em um presente chamado presépio,
em um presépio chamado presente,
tão preciso quanto a prepotência.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Balcão
Todos saem ao balcão neste início de noite. O céu está lindo, o dia não está nublado, vale a pena. Vale a pena sair de dentro da sala ou do quarto e ver o movimento da rua da frente, até os vizinhos que sairam ao balcão. Me sentei à metade, entre a porta e o lado de fora. Cansei de estar muito dentro ou muito fora, cansei de escrever à beira do precipício que é um edifício.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
No lugar
Olvidada en algún rincón de la memoria,
aguardo por el sueño para
acordarme de mi propia
existencia.
Y si acaso no me acuerdo
de mi sueño:
sigo dormi
da o des
pierta;
en el no lugar de la memoria.
aguardo por el sueño para
acordarme de mi propia
existencia.
Y si acaso no me acuerdo
de mi sueño:
sigo dormi
da o des
pierta;
en el no lugar de la memoria.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Lope de Vega
Ir y quedarse, y con quedar partirse,
partir sin alma, y ir con alma ajena,
oír la dulce voz de una sirena
y no poder del árbol desasirse;
arder como la vela y consumirse,
haciendo torres sobre tierna arena;
caer de un cielo, y ser demonio en pena,
y de serlo jamás arrepentirse;
hablar entre las mudas soledades,
pedir prestada sobre fe paciencia,
y lo que es temporal llamar eterno;
creer sospechas y negar verdades,
es lo que llaman en el mundo ausencia,
fuego en el alma, y en la vida infierno.
partir sin alma, y ir con alma ajena,
oír la dulce voz de una sirena
y no poder del árbol desasirse;
arder como la vela y consumirse,
haciendo torres sobre tierna arena;
caer de un cielo, y ser demonio en pena,
y de serlo jamás arrepentirse;
hablar entre las mudas soledades,
pedir prestada sobre fe paciencia,
y lo que es temporal llamar eterno;
creer sospechas y negar verdades,
es lo que llaman en el mundo ausencia,
fuego en el alma, y en la vida infierno.
domingo, 12 de janeiro de 2014
Três pontos finais
Sobre a brevidade, me releio
como efêmera, e sobre
vibrações, me sinto.
Sobre transmissões, me reconecto
como uma epifania, e sobre
fractais, me encontro.
Sobre o despertar, me alerto
como fragmentária, e sobre
lembranças, me adentro.
como efêmera, e sobre
vibrações, me sinto.
Sobre transmissões, me reconecto
como uma epifania, e sobre
fractais, me encontro.
Sobre o despertar, me alerto
como fragmentária, e sobre
lembranças, me adentro.
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