Porque eu estive tentando sobreviver ultimamente, não sei. Pelos meus queridos amigos e familiares, talvez. Busquei em cada um algum motivo forte o bastante para que essa vontade de viver se fizesse enfim real em mim. Forte o bastante para que um coração bata por si só.
Vejam, cansei dessa caminhada sem identidade. Não é porque me admirei com as flores que encontrei, que posso pegá-las para mim. Não é porque as frutas das árvores que me deparei parecem deliciosas, que posso comê-las. Não é porque um gracioso cachorrinho curzou meu caminho, que posso acariciá-lo.
Não é porque alguém certa vez me cumprimentou com olhos distintos, que posso querer um beijo seu, um momento seu, mais olhares seus.
Não é porque fitei várias pessoas com o mesmo olhar distinto, que vão querer me corresponder; se sim, não será forte o bastante para desejarem algo de mim. Sempre disse que era o único louco que soube fazê-lo.
Se em algum instante fui feliz, me veio uma depressão três vezes pior. Não valeu a pena, creio. A recíproca nunca será forte o bastante para algum equilíbrio.
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