quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Exaustos

Como uma alma semi-morta, assim caminham os exaustos.
Exaustos de continuarem despertos. Não há felicidade quando os olhos estão abertos, porém fechados.
Ao encostarem as temerosas cabeças em seus respectivos travesseiros, únicos, em cada sonho saem os verdadeiros risos; talvez em meio a grunhidos durante o sono, murmurarão pequenas risadinhas que chegam aos nossos ouvidos.
Durante o dia mal aguentam o peso de seus corpos. Os ombros feitos de pedra fazem com que os exaustos fiquem curvos interiormente. Mas ao chegar a noite, ansiando pela suavidade, no ápice de sua cor, perdem as esperanças de encontrá-las. Vagam incessantemente sem saberem o que estão fazendo. Estão cansados demais para pensar.
Os exaustos estranham o vazio que há em seus sentimentos. Anormalidade para fases tranquilas, um salto com pequenos toques.

Dormir eternamente, é o que querem. Descansarão na paz que sempre buscaram.

Um comentário:

  1. Texto pequeno mas com muita informação. Acho que a cada vez que eu ler, terei uma visão diferente. "Mas ao chegar a noite, ansiando pela suavidade, no ápice de sua cor, perdem as esperanças de encontrá-las." Não sei bem se foi isso o que você quis dizer, mas eu plo menos, quando estou exausta, e ultimamente isso é quase sempre, não importa o quão importante seja uma coisa, o quanto eu precise e queira, estando cansada, só o sono fala mais alto. O resto, o subconsciente se encarrega de alertar no sonho.
    LULI, amei esse texto. Ficou leve, sem muito vemelho do sangue escorrendo em minhas temblantes mãos.. hehe
    reflete que você tá bem. Mesmo que não, foi o que aparentou. Gosto disso. Te amo

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