sábado, 25 de julho de 2009

Animal

Animal estranho.
Suas pintas avermelhadas,
que crescem rapidamente,
assustam até o mais delicado ser de sua região.
Provocadas por uma maldição
proveniente da melancolia,
da inferioridade,
da ironia de seu ser,
e da maldade humana.
Suas garras perfuram o ponto mais profundo
de seu próprio coração;
sem dó.
Intencionalmente?
Sua mente dominadora o obrigou.
Pobre animal.
Escravo de seu subconsciente.
Dentro de sua prisão está sua alma,
impossibilitada de dirigir-se ao rei supremo.
Como discutir sobre melhorias, já não sabe mais.
Animal estranho
que vê prazer em seu sangue,
em sua pele rasgada,
em suas cicatrizes,
em qualquer técnica que o transforme
em um monstro.
No ápice de sua formação,
refugiou-se em sua falsa depressão.
Alojou-se lá,
sentindo-se reconfortado
e inquieto.
Local onde despertou.
Soltou sua alma de sua prisão,
e permitiu-se ser selvagem.
Agora...
Monstro, onde está a saída?

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