segunda-feira, 13 de julho de 2009

Platão

És tão bela
com este seu olhar de desdenho.
Em meio ao caos
permanece com teu límpido rosto,
rosado.
Leve rubro, à minha, então.
Levante teus olhos aos meus,
e verá um longo desvio de conduta
com tua risada,
com tua atenção,
ou com tua calmaria, moça.
Adorável garota,
teus longos cabelos me puxam como se estivesse atada.
Leve consigo meus serviços.
Entrego-me a ti
quando me vires como amante.
Mas a conspiração é cruel,
a favor de minhas escolhas.
Alcibíades me entenderia.
Desejar-te,
teu intelectual, tua beleza, teu caráter, tudo,
faz-me suspirar,
fico sem ar,
perco meu chão e minha mente.
No entanto, bonita,
não te pertenço.
Não te pertencerei.
Meu amor não é destinado a ti.
Seu nome leva-me aos céus,
mas meu amado leva-me a Vênus.
Tens minha paixão, platônica.

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