quarta-feira, 15 de julho de 2009

Erupção

A noite
e o ócio me vigiam.

Novamente, garota?
Sim. Sempre.

Na prisão da rotina,
as marcas se extendem.

O vulcão branco em erupção.
Prazer, enfim.

A erupção.
Veja como ficou por onde a lava passou.

Da cabeça aos pés.
Vestígios da punição dos deuses.

O sangue jorrado,
desperdiçado.

Desperte!
O que foi este barulho?

São os trovões da noite
que me vigiam.

Consciência pesada,
dizem os deuses.

A lava cessou,
e a chuva acalmou.

E esta coceira que não passa?
O vulcão tornou-se vermelho.

As imperfeições provocadas
são fatos consequentes de sua derrota.

O vulcão
contra os céus.

Lide com sua erupção, menina,
antes que destrua toda a sua montanha.

E agora, o que foi?!
É o ócio que te ama.

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